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A SAUDADE É A NOSSA ALMA DIZENDO PARA ONDE ELA QUER VOLTAR...

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Sabe-me a sangue!


Tenho 28 anos e está-me a nascer o dente do siso, por isso me sabe sempre a sangue! Todos os dias este sabor metálico, como se andasse a usar como lollipop uma barra de protecção das janelas do rés-do-chão de alguém. Depois as dores de ouvido, o desconforto da gengiva, a estupidez da língua que insiste em saborear a carne magoada, propiciando caras torcidas e mais algumas "rugas de expressão"... Não há paciência para esta mariquice!!!

Tenho 28 anos!!! Isto não devia aparecer aos15? Surgir como mais uma maleita inevitável da adolescência, ao lado das borbulhas, do período e da falta de interesse do sexo oposto (ou do mesmo) por nós?

Além de que se pensarmos no inútil da situação isto ainda fica pior. Estes não são os dentes do juízo? Então que me adianta este juízo tardio, já com tantas decisões importantes tomadas? Se eu tivesse juízo aos 15 ou 16 anos hoje não era actriz... Era médica! (a trabalhar num hospital em espanha).

Já estava casada; com 1,2 filhos; usaria bejes e caquis (ao invés do vintage emaús, que tanto desilude a minha santa mãezinha), faria férias em punta cana e rir-me-ia de piadas ordinárias sobre loiras e gays. Agora já é tarde para usufruir de tudo isto.

As oportunidades fugiram-me com a falta de juízo inerente à falta de dente do siso! E ainda por cima sabe-me mesmo muito a sangue...