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A SAUDADE É A NOSSA ALMA DIZENDO PARA ONDE ELA QUER VOLTAR...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

As estórias que voam...

Hoje quero contar-te estórias que voam, meu pequeno.
Vou tomar a tua noite e falar-te de fadas trapalhonas, príncipes semi-galantes, anões resmungões e àrvores que falam ao vento; sussurar-te todos os seres azuis que habitam o universo.
Quero contar-te sobre aquela cidade (feita de: rubis, turquesas e bolo de chocolate) onde as crianças correm descalças e riem sempre que vêem o mar, onde os gatos preguiçosos se aninham no colo de qualquer um que lhes assobie uma canção de ninar.
Ali ao fundo, vês, atrás daquela estrela cadente, no sítio onde as estradas se cruzam sempre ao pôr-do-sol! É aí que está; é para aí que as andorinhas voam.
Vou dizer-te da magia dos dias sempre quentes e o maravilhoso das noites deste país de conto de fadas, onde trovadores apaixonados cantam à lua que lhes pisca o olho matreira.
Vais querer que conte outra e outra vez as aventuras dos cavalos alados, com estrelas nos olhos, que saltam pelo infinito a alinhar planetas.
Vais chorar quando te falar da menina que perdeu a luz do coração, mas, logo de seguida, trago um mago para a estória que a salva e que te enxuga as lágrimas.
E vou embalar-te nos meus braços, no lusco fusco que se escoa de uma janela pequena, pendurada no tecto; e beijar-te até ao fim do mundo, enquanto te sussurro estas velhas lengalengas que aprendi em menina.
E tu vais sorrir, enquanto esfregas os olhos de sono, aconchegado entre os lençóis e o meu peito; e vais adormecer, assim enrolado em mim. E eu vou sorrir, aconchegada entre os teus cabelos de mel.

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