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A SAUDADE É A NOSSA ALMA DIZENDO PARA ONDE ELA QUER VOLTAR...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Contagem dos trambolhões...

E vão três...

Sim é verdade meus amigos, a menina já conta com três valentes trambolhões, causados por escorregadelas no gelo, para gaúdio de alguns suponho...
É preciso tirar um curso para saber andar nestas ruas, mas ninguém me avisou.

O primeiro foi logo no ínicio da minha estadia em Helsínquia; a meio da noite, entre um bar e outro, e posso garantir que a percentagem de álcool no meu sangue nada teve a ver com o assunto, aqui as bebidas parecem refrescos de tanta soda que levam, o que é uma grande SODA na realidade; não, a culpa foi da camada de gelo numa descida, a menina distraída e incauta lá foi parar ao chão com grande aparato! O comentário do meu caro amigo e colega Alfredo foi:
-Eu só ouvi um barulhão e quando me virei ja só vi as tuas pernas a voar pelos ares!
Pois deve ter sido uma coisa esperta de se ver...

Orgulho 0- Gelo 1

Mas entretanto um mês se passou e eu já andava feliz da vida a pensar que estava menos desastrada, menos distraída e uma expert nesta coisa de andar à pinguim (sim, nada de passadas largas que isso é o mesmo que desejar a morte, um perigo autêntico!)
Ora, tendo em conta que as temperaturas começaram a subir e a neve começou a derreter, pensa a menina, de si para si, que agora vai ser mais fácil caminhar por aí; pois que se engana! Quando a neve derrrete o que está por baixo dela é que é letal... a tal camada de gelo que sorrateira se mete debaixo dos pés.

Ora, há cerca de três dias, estava eu a caminho de casa depois da performance, formosa e segura, quando páro a olhar para um poster da Scarlett Johansson, a miúda é gira, estava ali e eu decidi dar uma vista de olhos a ver do que se tratava, pois que não tive tempo sequer para perceber do que era o cartaz... Mal páro dou por mim a fazer uma espiral em direcção ao chão!
Foi bonito de se ver, não foi só uma queda, foi uma coreografia!
E eu, por dentro de mim, a assistir a tudo em slow motion sem poder fazer nada para evitar; nem sequer consegui amenizar a coisa o suficiente para não doer... doeu... e muito...
Scarlett... lamento mas nunca mais te perdoo.

Orgulho 0- Gelo 2

Mas estas duas quedas tiveram pelo menos uma coisa boa, foram à noite, portanto ninguém viu, tirando o já acima referido amigo e colega.
Ora a terceira, que ocorreu ontem à tarde, foi um bocadinho mais vísivel para o mundo... às 16h à frente do Museu Kiasma, numa das ruas mais concorridas do centro!
Estava eu a sair do universo da arte contemporânea, quando dou por mim a fazer uma espécie de dança louca em cima de uma palete de gelo... Novamente, por dentro de mim, eu via tudo a acontecer muito devagar, mas demasiado rápido para controlar.
Pumba!
Rabo no chão!
E para acrescentar mais vergonha à coisa, não me conseguia levantar porque derrapava, independentemente dos esforços feitos pelo meu caro amigo e colega (que como já referi, já foi acima referido). Quando finalmente me levanto, sai-me um grito do Epiranga pela boca fora:
-QUERO-ME IR EMBORA PARA CASA!!!
A verdade é que o mais certo seria matar-me se ficasse aqui muito mais tempo, o que me vale e que mais uns dias e me ponho a andar daqui para fora, porque senão ía acabar com a cabeça rachada ou coisa pior, ao ritmo que estas quedas estão a surgir!

Orgulho 0- Gelo 3

Bem, suponho que se o gelo não marcar mais pontos já é uma grande sorte que eu tenho e o meu orgulho pode sair daqui com alguma dignidade.
O pior de tudo é que caio sempre para o mesmo lado... a nádega esquerda é sempre a vítima...




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