Queria saber encontrar-te...
...por essas ruas que eu sei que percorremos a horas diferentes, e esbarrar em ti enquanto trauteava uma das tuas melodias, tornando uma recorrência em acaso (sim; estou sempre a cantar-te).
Queria saber dizer-te coisas inteligentes; com aquela voz que têm os viajantes cansados e experientes; transportar-te para os meus caminhos com a sabedoria de amante-mulher.
Queria ser profunda e obscura, para que continuasses sempre interessado no jogo de tentar decifrar o enigma que eu fosse, sem que, no entanto, quiseses verdadeiramente tirar o véu que me cobrisse.
Queria olhar-te como se não tivesse nada a perder, enquanto soltava uma daquelas gargalhadas roucas e profundas, como só as senhoras do cinema sabem fazer.
Beijar-te para que nunca mais esquecesses o meu sabor, nem a forma dos meus lábios nos teus; de maneira a que mais nenhuma boca parecesse verdade depois da minha.
Queria que me fizesses uma música velada e disfarçada, que cantasses em surdina, sozinho, na penumbra do teu quarto. E que só eu soubesse que era ali, naquelas palavras que algo de mim se escondia.
Conversar contigo em silêncios, olhar-te, sentir-te, quase perceber tudo.
Queria ter-te, queria ser-te.
Impressionar-te sem me perder, sem fazer de outra, sem te mentir aquele bocadinho... aquele, logo no princípio de tudo, em que fazemos moldes de cera de nós próprios, que pintamos com cores mais vivas do que aquelas que temos.
Queria tanto...
...por essas ruas que eu sei que percorremos a horas diferentes, e esbarrar em ti enquanto trauteava uma das tuas melodias, tornando uma recorrência em acaso (sim; estou sempre a cantar-te).
Queria saber dizer-te coisas inteligentes; com aquela voz que têm os viajantes cansados e experientes; transportar-te para os meus caminhos com a sabedoria de amante-mulher.
Queria ser profunda e obscura, para que continuasses sempre interessado no jogo de tentar decifrar o enigma que eu fosse, sem que, no entanto, quiseses verdadeiramente tirar o véu que me cobrisse.
Queria olhar-te como se não tivesse nada a perder, enquanto soltava uma daquelas gargalhadas roucas e profundas, como só as senhoras do cinema sabem fazer.
Beijar-te para que nunca mais esquecesses o meu sabor, nem a forma dos meus lábios nos teus; de maneira a que mais nenhuma boca parecesse verdade depois da minha.
Queria que me fizesses uma música velada e disfarçada, que cantasses em surdina, sozinho, na penumbra do teu quarto. E que só eu soubesse que era ali, naquelas palavras que algo de mim se escondia.
Conversar contigo em silêncios, olhar-te, sentir-te, quase perceber tudo.
Queria ter-te, queria ser-te.
Impressionar-te sem me perder, sem fazer de outra, sem te mentir aquele bocadinho... aquele, logo no princípio de tudo, em que fazemos moldes de cera de nós próprios, que pintamos com cores mais vivas do que aquelas que temos.
Queria tanto...
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